Gestão da água no contexto da escassez e incertezas associadas ao semiárido cabo-verdiano

Código

XVISRHNE0005

Autores

ANTÓNIO PEDRO SAID ALY DE PINA

Tema

1. Mudanças Climáticas e Águas Continentais e costeiras

Resumo

Nas últimas décadas, o recurso natural água vem sendo cada vez mais disputado, tanto em quantidade quanto em qualidade, principalmente em consequência do acentuado crescimento demográfico e do próprio desenvolvimento económico. As disponibilidades hídricas em regiões de climas áridos e semiáridos são extremamente limitadas. Esta situação assume ainda maior relevância em regiões insulares, devido às dificuldades de transferências hídricas. A gestão de recursos hídricos implica um conhecimento o mais rigoroso possível das disponibilidades hídricas, quer no que diz respeito às águas superficiais, quer em termos de águas subterrâneas. Para assegurar a manutenção da quantidade e qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, de uma maneira sustentável, existe a necessidade de se implementar estudos hidrogeológicos, hidrogeoquímicos e sanitário-ambientais mas, em especial, um estudo de vulnerabilidade para os aquíferos livres. A partir do conhecimento das áreas mais vulneráveis é possível se fazer uma investigação preliminar do risco de contaminação para diferentes fontes, como também identificar áreas de risco devido a fatores geológicos naturais que podem contribuir para contaminação dos solos e das águas. Uma dos principais componentes de um balanço hídrico é avaliação das disponibilidades de água, tarefa que pode ser baseada em dados de monitorização das disponibilidades das origens de água em explotação potencialmente utilizáveis, nomeadamente nos cursos de água. Na ausência de monitorização destas origens de água ou para complementar os dados existentes, é frequentemente necessário realizar um balanço hidrológico para avaliar as diversas componentes do ciclo hidrológico e quantificar os recursos superficiais e subterrâneos disponíveis e passíveis de ser explorados.