PIRAMBEBA (SERRASALMUS BRANDTII): UM NOTÁVEL BIOINDICADOR DE MERCÚRIO NAS ÁGUAS DO BAIXO SÃO FRANCISCO, BRASIL

Código

XIV-ENREHSE0061

Autores

Erica Alves de Oliveira Santos, Paulo Tarcio Silva do Nascimento, Joel Marques da Silva, Raynne Aparecida de Sousa Pires, Carlos Alexandre Borges Garcia, Marcos Vinicius Teles Gomes, SILVANIO SILVERIO LOPES DA COSTA

Tema

Qualidade e Quantidade da Água

Resumo

Os despejos irregulares de efluentes domésticos, industriais e agrícolas, nos corpos hídricos podem causar altas concentrações de elementos traço. A presença de Hg em ambientes aquáticos tem sido motivo de preocupação por parte da comunidade científica e órgãos ligados à saúde pública, devido à sua persistência e toxicidade aos peixes e consequentemente aos humanos. O presente estudo teve como objetivo, a avaliação dos níveis de mercúrio em tecido muscular de Serrasalmus brandtii, espécie carnívora, capturada na região do Baixo São Francisco, entre os municípios de Propriá/SE e Porto real do colégio/AL, durante o período seco. Comparando os resultados das concentrações médias com os limites máximos de tolerância de contaminantes químicos em alimentos. Para a captura dos espécimes, foi utilizado um conjunto de redes de emalhar, com malhas de 3 à 16 cm entre nós opostos. As leituras de Hg foram realizadas por espectrometria de absorção atômica (DMA-80, Direct Mercury Analyser, Milestone), com análise direta de mercúrio total. A concentração média de mercúrio encontrada em 98 espécimes de pirambeba foi de 0,0442 ± 0,0452 mg kg-1. Houve uma forte correlação positiva e altamente significativa entre as concentrações de mercúrio no músculo e o comprimento total (r=0,7064 e p<0,0001), mostrando que os níveis do metal aumentou com o tamanho dos espécimes.