Estimativa da vida útil de reservatórios na América do Sul

Código

XXIV-SBRH0865

Autores

Hugo de Oliveira Fagundes, Fernando Mainardi Fan, Ayan Santos Fleischmann, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva, Diogo Costa Buarque, VINÍCIUS ALENCAR SIQUEIRA, Walter Collischonn

Tema

SE03.C - Modelagem hidrossedimentológica

Resumo

Reservatórios tem sido um tema central em diversos assuntos atuais como crise hídrica, geração de energia, retenção de sedimentos, redução da conectividade de rios e impacto nos ecossistemas. O objetivo do presente trabalho foi estimar pela primeira vez a vida útil dos grandes reservatórios da América do Sul, buscando compreender o impacto dos reservatórios de montante sobre os de jusante. Para isso, 234 em todo o continente foram simulados com o modelo continental MGB-SED. Foram considerados três cenários: i) consideração do efeito dos reservatórios de montante sobre os de jusante; ii) utilização de cargas afluentes naturalizadas, ou seja, sem o impacto antrópico dos reservatórios; iii) deposição total da carga afluente (retenção máxima das partículas). Os resultados mostraram que as diferentes classes de partículas (areia, silte e argila) apresentam taxas diferentes de deposição; que a vida útil dos reservatórios é bem maior se em seu cálculo é considerado o impacto dos reservatórios a montante, podendo chegar a dobrar de valor, como no caso de Itaipu após a implantação do reservatório de Porto Primavera. Os resultados permitiram concluir que no geral a taxa de deposição dos sedimentos é superior a 60% e que abordagens mais realistas devem considerar as diferentes texturas dos sedimentos transportados e, principalmente, o impacto dos reservatórios de montante sobre os reservatórios de jusante.