CONSIDERAÇÃO DA NÃO-ESTACIONARIEDADE HIDROLÓGICA NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS: UM CASO PRÁTICO

Código

XXIV-SBRH0597

Autores

BRUNO COLLISCHONN, CRISTIANO EGNALDO ZINATO

Tema

SE02.A - Detecção e estudo da origem de variabilidade e tendências em séries hidrológicas.

Resumo

No presente artigo, apresenta-se o caso da bacia do rio Pardo, no norte de Minas Gerais, que experimentou forte estacionariedade hidrológica ao longo dos últimos 15 anos, o que teve consequências importantes para o gerenciamento de recursos hídricos, sobretudo para a cafeicultura irrigada na região. Após a naturalização da série de vazões, observou-se uma redução de cerca de 21 m³/s no período de 1950 até 2011 para 4,5 m³/s no período mais recente. Propõe-se uma metodologia simplificada para remover a não-estacionariedade da série, para fins de definição de uma vazão de referência estacionária. Esta metodologia leva a vazões de referência mais conservadoras, porém nas quais as falhas de atendimento são distribuídas de maneira relativamente uniforme. Considera-se que pode ser útil em outras situações similares, em que o foco é o gerenciamento de recursos hídricos. Por fim, são feitas algumas considerações sobre possíveis causas para a não-estacionariedade constatada.