NÃO ESTACIONARIEDADE DE EVENTOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS COMO CRITÉRIO DE ADAPTAÇÃO NO CONTEXTO DE SEGUROS INDEXADOS

Código

XXIV-SBRH0534

Autores

Marcos Roberto Benso, Gabriela Gesualdo, Luis Miguel Castillo Rápalo, Fabrício Alonso Richmond Navarro, Eduardo Mário Mendiondo

Tema

SR06 - Extemos hidrológicos, desastres naturais e antrópicos

Resumo

Sob um futuro de crescente incerteza relacionada a desastres climáticos, é preciso elaborar um novo arcabouço técnico para incorporar novos paradigmas e hipóteses no dimensionamento de curvas de risco e danos de extremos hidrológicos. Neste artigo, debruça-se sobre o paradigma da estacionariedade e não estacionariedade de variáveis hidrológicas para propor uma nova métrica que chamamos de disposição a adaptar-se (WTAdapt). Uma aproximação matemática foi elaborada como estimativa de WTAdapt que chamamos de ?Adapt partindo dos próprios conceitos de tempo de retorno estacionário e não-estacionário. A partir disso, o conceito de ?Adapt é aplicado para casos de vazões mínimas anuais ajustadas à um modelo generalizado de distribuição de valores extremos de três parâmetros, sendo que o parâmetro de locação é não estacionário e representado por uma equação linear com dependência temporal. Cenários de não estacionariedade foram atribuídos à equação linear do parâmetro de locação como forma de análise de sensibilidade do modelo proposto. A metodologia apresentada permitiu a estimativa da magnitude que determinado setor precisa se adaptar em termos de vazão (m³ s-1 ano) para que seja resiliente às mudanças de regimes hidrológicos associados a desastres climáticos. Com isso, apresentamos uma base conceitual para o avanço em estudos dos impactos das mudanças climáticas na modelagem de seguros indexados.