Correção atmosférica para o sensor OLCI/Sentinel-3 em águas interiores opticamente complexas

Código

XXIV-SBRH0418

Autores

Daniel Andrade Maciel, Rogerio Flores Junior, Cláudio Clemente Faria Barbosa, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo, Vitor Souza Martins

Tema

SE07.B - Sensoriamento remoto da água: de avanços técnicos-científicos a aplicações na nova era de disponibilidade de informação

Resumo

O uso de sensoriamento remoto para obter medidas de concentração de componentes opticamente ativos (COAs) em águas interiores possui limitações inerentes à qualidade das imagens disponíveis. Por exemplo, efeitos de espalhamento e absorção da atmosfera influenciam intensamente o sinal recebido pelo sensor, contribuindo em até 90% do sinal registrado na região azul do espectro eletromagnético. Em função do COA analisado, o sensor precisa ter alta resolução espectral e temporal, implicando na degradação da resolução espacial. Neste sentido, novos sensores como o Ocean and Land Colour Instrument (OLCI), a bordo do Sentinel-3, tem potencial para serem aplicados em ambientes aquáticos interiores compatíveis com sua resolução espacial de 300m, embora tenham sido projetados para aplicações oceanográficas. Entretanto, a correção atmosférica para imagens do sensor OLCI ainda apresenta desafios. Neste trabalho, portanto, dois métodos de correção atmosférica (6SV e ACOLITE) foram aplicados ao sensor OLCI e seu desempenho foi validado com medidas in situ de reflectância de sensoriamento remoto (Rrs) coletadas no Lago Grande do Curuai (Pará, Brasil). Os resultados mostram que os dois métodos obtiveram resultados satisfatórios (erros menores que 55% nas faixas do verde e vermelho). Maiores incertezas foram observadas nas faixas do azul e na do infravermelho próximo. O método 6SV apresentou melhores resultados nas faixas do verde e vermelho, enquanto o ACOLITE teve desempenho satisfatório na faixa do azul. Estes resultados demonstram a possiblidade de aplicação dos dois métodos para obtenção da Rrs a partir de imagens do sensor OLCI.