METAESTATÍSTICA DE VALORES EXTREMOS (MEV) APLICADA À CARACTERIZAÇÃO DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA O ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

Código

XXIV-SBRH0314

Autores

André Simões Ballarin, Jamil Alexandre Ayach Anache, Jullian Souza Sone, Edson Cezar Wendland

Tema

SE02.A - Detecção e estudo da origem de variabilidade e tendências em séries hidrológicas.

Resumo

Este estudo avalia o desempenho da distribuição Metaestatística de Valores Extremos (MEV) para caracterizar eventos extremos de precipitação do estado de São Paulo, Brasil. A MEV, introduzida por estudos recentes, (i) relaxa as suposições iniciais da tradicional teoria dos valores extremos (EVT) e (ii) permite a utilização de todos os dados observados. Para isso, foram utilizados dados de precipitação diária de 48 estações com tamanho amostral mínimo de 70 anos, localizadas no estado de São Paulo, com o intuito de comparar os desempenhos da MEV e da popular distribuição generalizada de valores extremos (GEV). Os resultados indicaram que a MEV apresentou uma menor sensibilidade à disponibilidade de dados, sendo portanto mais adequada para caracterizar eventos extremos a partir de amostras reduzidas. Com o aumento do tamanho amostral, a distribuição GEV superou a distribuição MEV em desempenho médio, ainda que tenha apresentado maiores incertezas. A MEV apresentou um pequeno viés em suas estimativas, com uma ligeira tendência de subestimar os eventos observados. Diferenças significativas foram encontradas entre os quantis estimados pelas duas distribuições, sugerindo a importância de considerar diferentes abordagens no processo de caracterização, fornecendo, com isso, mais informações para a tomada de decisões nos processos de dimensionamento e planejamento de sistemas hidráulicos.