XIII ENES - Encontro Nacional de Engenharia de Sedimentos e I PiA - Partículas nas Américas (Particles in the Americas)

Data: 24/09/2018 à 28/09/2018
Local: Vitória-ES
ISSN: 2359-2141
Mais informações: https://www.abrh.org.br/xiiienes/

SIMULAÇÃO NUMÉRICA MORFODINÂMICA DO ESTUÁRIO DO RIO LIMA, PARA PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES DE GESTÃO DO ASSOREAMENTO

Código

PAP031

Autores

José Rafael Coelho, José Luís Pinho, José Manuel Vieira, Stênio de Sousa Venâncio

Tema

MEDIÇÃO, MODELAGEM, TÉCNICAS E TECNOLOGIAS NO CONTEXTO DA HIDROSSEDIMENTOLOGIA

Resumo

A bacia hidrográfica do rio Lima, localizada no norte de Portugal,é relativamente pequena e com pouca intervenção antropogênica. A construção das barragens de Touvedo e Alto Lindoso, apesar de controlarem as cheias em vila de Ponte de Lima e na cidade de Viana do Castelo, provocaram alterações nas condições naturais doescoamento fluvial, atenuando as vazões máximas noestuário. Além disso, a construção das obras portuárias provocou alteração da dinâmica sedimentar para a plataforma costeira. Durante as ultimas décadas, verifica-se uma acumulação de sedimentos na zona estuarina, principalmente na zona do canal de navegação, obrigando a administração do Porto de Viana do Castelo a efetuar frequentes dragagens após as épocas de cheia. Nesta zona, é possível observar acumulações de areia, designadas por ínsuas, que mantêm a forma mesmo após os eventos de cheia. Para o estudo do problema do assoreamento na zona do canal de navegação, foi construído um modelo tridimensional morfodinâmico do estuário, utilizando o programa Delft3D. Diferentes cenários foram simulados a partir do processo de calibração e validação do modelo, envolvendo campanhas de monitoramento de nível de água. As análises contemplaram a inclusão de estruturas rígidas para minimizar o problema do assoreamento na embocadura (identificação dos locais de erosão e deposição), decorrendo em função das condicionanteshidrodinâmicas (vazão fluvial e amplitude da maré) e morfodinâmicas (dimensão média dos sedimentos, D50). Observou-se que a vazão fluvial, quando conjugada com um período de maré viva, apresenta uma maior capacidade de erosão e transporte sedimentar. Os resultados mostraram que quanto maior a vazão fluvial e a amplitude da maré maior será a intensidade dos processos de dinâmica sedimentar. As análises morfodinâmicas contendo propostas de estruturas na zona portuária, apontaram paraum assoreamento mais intenso e localizado para o tipode estrutura transversal ao leito do estuário, apontando como uma alternativa viável, com impacto positivo direto para a navegação e gestão das dragagens.

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