III SRHPS - Simpósio de Recursos Hídricos do Rio Paraíba do Sul

Data: 27/08/2018 à 29/08/2018
Local: Juiz de Fora - MG
Mais informações: http://www.ufjf.br/srhps/

ASPECTOS ECONÔMICOS PARA O REUSO NA AGRICULTURA NA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL E COMPARAÇÃO COM O MODELO DA GESTÃO DE COBRANÇA EM ISRAEL

Código

A0024

Autores

BRUNA MAGALHÃES DE ARAUJO, Ana Silva Pereira Santos, SÉRGIO RODRIGUES AYRIMORAES SOARES, MARILIA CARVALHO DE MELO, Alfredo Akira Ohnuma Júnior

Tema

Gestão de Recursos Hídricos

Resumo

Diante do atual cenário de escassez hídrica que afeta diversas regiões no mundo, o presente trabalho teve como finalidade comparar o custo do reuso de efluentes oriundos de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) com o valor da água bruta utilizada para irrigação, nos municípios banhados pela bacia do rio Paraíba do Sul, bem como analisar sua gestão de cobrança atual com o modelo de sucesso praticado em Israel. Para estimativa do custo do reuso das águas regeneradas foi necessário adotar como premissa que o efluente secundário deverá ser desinfetado na própria ETE e assim o custo foi estimado somente de acordo com o transporte desse efluente até o consumidor final. Assim, foi adotado o custo de transporte em caminhão pipa apresentado pelo SINAPI, para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Posteriormente, foi pesquisada a metodologia de cobrança e estimado o valor de Outorga para irrigação na bacia do rio a paraíba do Sul. A outorga pelo uso da água consumida especificamente para a irrigação na bacia apresenta valor médio de R$ 0,02/m³. Já em Israel a água doce em seu valor máximo pode chegar a R$ 2,31/m3, isto é, cerca de 100 vezes superior. Em relação ao uso das águas residuárias, Israel pratica valores inferiores aos adotados para água doce e salobra, e com isso incentiva a prática de reuso no país. Ao analisar a gestão de cobrança atual implantada na bacia do rio Paraíba do Sul e comparar com o modelo de Israel, pode-se reforçar a necessidade em promover uma reforma na gestão de cobrança atualmente instituída na bacia de estudo e no Brasil como um todo. Do ponto de vista do uso racional da água, exigências legais e instrumento de gestão como a outorga, deveriam fomentar maior sustentabilidade, quando praticados e fiscalizados corretamente. Entretanto, pode-se concluir ao final do presente estudo que o valor de outorga cobrado na irrigação é ínfimo, e, por conseguinte a prática de reuso não consegue competir economicamente com a captação de água bruta do meio ambiente.

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